Ao longo do mês de junho, todos nós, brasileiros, vamos ser convocados para participar de um movimento importantíssimo. É preciso reforçar os estoques de sangue do país.

Doe Sangue!

Monumentos tingidos com a cor do sangue, imagem bonita e forte como o gesto de quem olha e vai além. Pega a condução, faz a ficha e descobre numa picadinha a sensação boa de ser solidário.

“Não dói nada, não prejudica nada, e dá uma satisfação, a gente estar salvando vidas”, afirma a aposentada Maria do Socorro Lima Santos.

“Se eu estivesse numa situação de precisar, eu queria que alguém tivesse a sensibilidade e estar aqui doando”, diz a estudante Rafaela Salgado.

O problema é que a maioria dos brasileiros ainda não doa, ou vai uma vez e depois não volta.

“A gente precisa de uma regularidade dos doadores. A gente não precisaria em situações de férias, de tempo mais frio e de greves, ir a televisão e clamar para que população fosse doar”, explica Cyntia Arrais, médica da Fundação Pró-Sangue.

Tem pedido de socorro em Maceió, menos de cem bolsas e risco de não conseguir repor o que tanta gente perde em acidentes, cirurgias e tratamentos longos.

“O estoque sanguíneo, ele se encontra crítico no momento, quando o necessário para a gente trabalhar com segurança, seria de 300 bolsas diárias”, conta a assistente social Natasha Souza.

A recepção do Hemocentro de Sergipe chegou a ficar quase deserta e com menos de 200 bolsas de sangue para o estado todo.

Em Porte Alegre, o número de doadores caiu pela metade.

Na última semana de maio, o Hemocentro da Fundação Pró-Sangue, que abastece 100 hospitais de São Paulo, chegou a ficar com o estoque 70% abaixo do normal, tinha sangue para apenas um dia. Mas o apelo e a campanha funcionaram, e o desespero dos profissionais de saúde está dando lugar a sala cada vez mais cheia de doadores.

Quem tem mais de 16 anos, boa saúde, se alimentou e dormiu bem, pode chegar, fazer os testes e mostrar que a beleza de lembrar do outro, só fica completa depois desse gesto.

“É importante que o junho todo se transforme nesse farol vermelho para que as pessoas incluam a doação de sangue no seu dia a dia”, diz a idealizadora da campanha, Debi Aronis.

Fonte: G1 Globo

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