No passado, aquele hábito de muitos fumantes de jogar a bituca do cigarro no chão era visto com normalidade. O cara acabava de fumar e dava um “peteleco” na bituca, que voava pra qualquer lugar.
Com o passar das décadas, descobrimos que esse péssimo comportamento não tem nada de normal. Nem legal! É falta de educação mesmo. E provoca um impacto ambiental que passava despercebido.
Uma pesquisa realizada pela organização americana Ocean Conservancy listou os dez resíduos mais encontrados nas ações de limpezas de praia. E adivinhe o que aparece em primeiro lugar?: sim, ela mesma, a bituca de cigarro!
E o problema não é “apenas” esse. Segundo a Organização Mundial de Saúde, fumar está entre as principais causas do aparecimento do câncer, doença que mais mata no mundo todo, tirando a vida de aproximadamente 8,2 milhões de pessoas por ano.
Mas em São Paulo, um projeto de lei (PL), que tramita na Câmara Municipal, pode deixar a capital mais limpa e ser mais um estímulo para que os paulistanos deixem o cigarro de lado. O texto do vereador Rinaldi Digilio propõe “advertência e multa de R$ 500 a quem que jogar bitucas de cigarros ou de produtos fumígenos derivados do tabaco em vias ou logradouros públicos”.
“Bituca não é biodegradável, por isso, o tempo de decomposição de uma jogada no asfalto pode levar até dez anos, isso porque o filtro dos cigarros é feito de acetato de celulose, um tipo de plástico”, ressalta Digilio.
O PL 499/2019 recomenda ainda que sejam realizadas campanhas educativas e de conscientização para conseguir o apoio e à adesão da população à nova lei, especialmente, durante grandes eventos na cidade.
Dados oficiais apontam que há aproximadamente 1,6 milhão de fumantes na capital paulista e cerca de 14 milhões de bitucas de cigarro são descartadas, por dia, nas ruas de São Paulo.
O projeto de lei já passou pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal e agora espera parecer da Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente. Depois disso, precisará ser analisado Comissões de Administração Pública e de Finanças e Orçamentos, e só então, ser votado no plenário da casa.
Se os vereadores derem a aprovação final ao texto, ficará nas mãos do prefeito Bruno Covas a sanção do projeto.
Fonte: Conexão Planeta