Fantasias, adereços e maquiagens extravagantes são as apostas de muitos foliões para o carnaval. O glitter, em especial, tem ganhado ainda mais destaque daqueles que não querem deixar de se produzir nos dias de festa, sendo aplicado no rosto e corpo para compor o traje. No entanto, dermatologistas e oftalmologistas alertam para os cuidados necessários na hora de utilizar o produto.

A maior atenção tem que ser dada ao teste alérgico, que deve ser feito ao menos um dia antes para avaliar se a pele irá reagir ou não. O procedimento consiste na aplicação do glitter no antebraço, deixando permanecer por quatro horas. Por conseguinte, o brilho deve ser removido, e o folião deve observar se a pele ficou avermelhada, com ardência ou prurido. Em caso de algum desses sintomas, o uso não é aconselhado, pois áreas lesionadas ou com algum ferimento tem maior risco de contaminação e piora do quadro.

A dermatologista Mayra Mayer alerta para o cuidado em caso de irritação no rosto e em áreas maiores do corpo. “O glitter deve ser retirado, imediatamente, com o óleo bifásico sem friccionar a pele, lavando a região com água corrente. Já para a retirada do produto em áreas maiores do corpo, podemos utilizar óleo de amêndoas ou de coco passando sobre a pele com algodão e, posteriormente, lavando com água e sabão”. Na piora do quadro, procurar ajuda médica.

Existem, também, os glitters hipoalergênicos, versões que passaram por testes em laboratório e têm menos chances de causar alergia. Por outro lado, não há 100% de garantia que o produto não causará o problema. A dermatologista aproveita para dar uma dica que reduz o risco de reações. “É importante usar protetor solar e hidratar a pele antes da aplicação do glitter e da maquiagem, pois uma pele hidratada e íntegra tem menores riscos de desenvolver dermatites”, acrescentou.

A região que mais deve receber o cuidado dos foliões são os olhos. De acordo com o médico oftalmologista Vasco Bravo Filho, do Hospital de Olhos de Pernambuco (Hope), é preciso estar atento no momento de colocar o produto. “Por se tratar de um material áspero, ele pode entrar nos olhos e arranhar a córnea”, explica. Se a purpurina entrar em contato com os olhos, o aconselhado é evitar coçar.  “O recomendado é lavar com água corrente e soro fisiológico, mas, se os olhos permanecerem irritados, é preciso procurar atendimento médico”.

Depois de estar ciente de todos os cuidados importantes, é hora de se jogar na folia e brilhar. A foliã Beatriz Lustosa, 19 anos, confessa que sempre utiliza o produto em suas composições. “Eu acho bonito. Combina com todo look, fantasia. Dá uma animação e combina com a época do ano”.

 

Fonte: diariodepernambuco.com.br

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