Adotar cachorro ou gato é um compromisso de longo prazo e envolve uma decisão responsável e consciente

É comum quando alguém se interessa em adotar um animalzinho de uma ONG ou um abrigo receber um questionário de adoção. São perguntas como: “Há alguém em sua casa alérgico a pelos?”; “Seus familiares estão de acordo com a adoção?”; “O que fará com o animal quando viajar?”. O objetivo é avaliar se o candidato a adotante está apto ou não para levar um pet para casa. Esse cuidado minimiza as chances de devolução ou um futuro abandono do cão ou gato.

Muitas outras perguntas precisam ser respondidas e o candidato – que deve ser maior de idade – também tem que apresentar documentos e assinar um termo de responsabilidade, em que se compromete a cuidar bem do novo companheiro. Afinal, adoção é coisa séria.

Algumas pessoas chegam a achar exagero, mas tem que se levar em consideração que os animais recolhidos por aquela ONG ou abrigo foram retirados de uma situação de abandono e, muitas vezes, receberam tratamento antes de estarem prontos para ganhar uma família definitiva.

Tudo isso gerou um custo para a instituição ou o protetor independente, portanto, de nada adianta ter todo esse cuidado com o bem-estar do animal, se ele for entregue a alguém que não tenha compromisso de continuar tratando-o bem.

Se você estiver considerando aumentar a família e dar e receber amor de um companheiro felino ou canino, veja abaixo os pontos que você deve se atentar. Assim, você saberá se está preparado ou não para ter um animal de estimação e ser muito feliz!

Segurança da casa

Preparar o coração para transbordá-lo de amor por um animal é muito fácil, porém sua casa também precisa estar preparada para receber o novo morador. Após a adoção, pode-se levar um tempo até o novo integrante da família se acostumar com o novo lar, portanto, um lugar seguro, sem rotas de fuga, é fundamental.

Em casas, grades, portões e muros precisam ser seguros o suficiente para evitar o acesso livre dos animais à rua.

Já em apartamentos, janelas, sacadas e varandas precisam ser teladas. Este ponto é ainda mais imprescindível quando o animal a ser escolhido trata-se de um gatinho. Neste caso, todas as janelas precisam de proteção. É o mesmo cuidado que se tem com uma criança em casa.

Se o cão for pequeno, também é preciso checar se seu corpo dele não passa pela abertura do parapeito da sacada. Esse cuidado é essencial para evitar acidentes.

Despesas compatíveis com seu orçamento

É importante saber que a adoção responsável deve levar em conta que os animais de estimação precisam de vacinas, alimentação de qualidade e veterinário.

“Muita gente adota no momento da emoção e não pensa em tudo isso”, comenta a veterinária Graciela Mendes.  “Ele pode adoecer, e o tutor terá gasto com consulta, exames, medicamentos e uma eventual cirurgia. Então, se a pessoa tem a intenção de ter um bichinho, a primeira coisa que ela tem que olhar é o orçamento dela”, afirma.

Existência de alergia

Pelos e saliva dos animais podem ser alergênicas e causar sintomas em pessoas predispostas à alergia. Então, antes de optar pela adoção, verifique com o seu médico sua condição de saúde, bem como a de seus familiares.

Tempo para passeio

Mesmo que sua casa tenha espaço para brincadeiras e banhos de sol, os cães precisam passear na rua e ter convivência com outros animais e pessoas. Por isso, é tão importante manter uma rotina de passeios, mesmo que seja uma volta curta no quarteirão para que o cão faça suas necessidades.

Ainda não estou preparado para adotar. O que fazer?

Caso o que te impeça de adotar um cachorro ou um gato seja a segurança da sua casa, é possível resolver. Contate empresas de redes de proteção para sacadas e janelas do seu apartamento. Se morar em casa, reforce o muro com grades para evitar possíveis fugas e considere telar o quintal também, caso o animal escolhido seja um gatinho.

Se os motivos forem outros, impossíveis de resolver por agora, considere ajudar os animais carentes de outra forma. Você pode apadrinhar um bichinho de algum abrigo ou oferecer doações de ração e brinquedos para instituições e protetores sérios e comprometidos com a causa. Há milhares espalhados por todo o país.

Fonte: Catraca Livre 

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